sábado, 25 de junho de 2011

O que é Lipofobia?

   O que é LIPOFOBIA?





Lipofobia significa medo de gordura.
É uma síndrome sociocultural, um medo absurdo e irracional da gordura imaginária que vai beirando ao terror! A beleza se desvincula do biótipo e principalmente da saúde.























Para o melhor entendimento, assista o vídeo publicado no dia 19 de Maio de 2011 que explica essa síndrome.





A Lipofobia desencadeia dentro das pessoas sentimentos negativos que levam a prática de atos violentos contra os gordos, desde simples olhares de desaprovação, agressões verbais, físicas e a disseminação de um ódio gratuito, mas nada é feito e tudo vira uma dor calada para os que são agredidos. É tão comum agredir o gordo que há sites, comunidades, grupos e associações de "ODEIO GORDOS"







Influências da Lipofobia

    Um dos principais fatores causais de alterações da percepção da imagem corporal é a imposição, pela mídia e pela sociedade, de um padrão corporal considerado ideal ao qual associam o sucesso e a felicidade.




Modelos, atrizes e outros ícones femininos vêm se tornando mais magras ao longo dos anos. Segundo os autores existem evidências que dão suporte de que a mídia promove distúrbios da imagem corporal e alimentar.


Principal influência: A Mídia

    Em estudos realizados avaliou-se o impacto da exposição de adolescentes do sexo feminino e conseqüentes atitudes e comportamentos alimentares destes indivíduos. O estudo foi dividido em duas etapas, a primeira em 1995 e a segunda em 1998, sendo que nestes três anos houve exposição das participantes do estudo à televisão. Os resultados apontaram que após a segunda etapa os indicadores de TAs foram de prevalência mais significativa, demonstrando um maior interesse em perda de peso por parte da amostra, o que sugere um impacto negativo da mídia.
    Outro estudo realizado com adolescentes de 10 a 14 anos de idade, constatou os efeitos negativos das campanhas publicitárias em revistas de moda. Por meio da comparação dos atrativos físicos das próprias adolescentes com os modelos dos anúncios, demonstrou-se que elas são mais vulneráveis ao desenvolvimento e reforço da insatisfação corporal. 

A importância da sociedade


A sociedade pode ser um gerador de preocupações com as medidas corporais, dietas excessivas e comportamentos inadequados para controle de peso. Com isto, faz da mulher magra um símbolo de competência, sucesso, controle e atrativos sexuais, enquanto que o excesso de peso e a obesidade representam preguiça, indulgência pessoal, falta de auto-controle e força de vontade.
    
Mudanças corporais com relação à forma, tamanho e aparência são comuns em todas as sociedades e têm uma importante função social. Estas expressam onde este indivíduo está inserido na sociedade e podem ainda demonstrar mudanças no status social.

    O indivíduo só é aceito ao estar de acordo com os padrões do grupo. Logo, pessoas não atraentes são discriminadas e não recebem tanto suporte em seu desenvolvimento quanto os sujeitos reconhecidos como atraentes, chegando mesmo a serem rejeitados. Isto pode dificultar o desenvolvimento de habilidades sociais e de uma auto-estima.

Relação de Transtornos alimentares e Lipofobia




Em decorrência da busca de se tornar magra(o) com tentativas mal sucedidas de curar uma obesidade, as doenças relacionadas à auto imagem como Anorexia Nervosa, Bulimia Nervosa aumentam e por esse motivo.  A Lipofobia pode ser classificada como um agravo principalmente às pessoas que possuem transtornos alimentares,  muitas vezes imaginária, mas temida.
A verdadeira obesidade e o sobrepeso insistem em desafiar nossa competência, apresentando índices mundiais preocupantemente crescentes.





Como posso reconhecer a síndrome?
As manifestações de insatisfação com a imagem corporal nem sempre são evidentes ou fáceis de reconhecer. Ao contrário, muitas vezes existem apenas mensagens subliminares emitidas pelo adolescente, o que torna mais difícil a identificação desse problema. No sentido de tentar estabelecer o mais precocemente possível esse diagnóstico, é importante que os profissionais que atendem aos adolescentes estejam preparados para:


a)
ouvir atentamente o adolescente sobre sua saúde e todas as questões a ela relacionadas (dúvidas, receios, dificuldades, desconhecimento sobre os temas que o afligem), considerando-se, sob os aspectos éticos, que o adolescente tem assegurados direitos à individualidade no atendimento e à confidencialidade;

b)
perguntar diretamente sobre a imagem corporal, se o assunto ainda não tiver sido mencionado;

c)
discutir o tema abertamente, esclarecendo, encorajando e orientando o adolescente;

d)
ouvir atentamente os familiares.

Prevenção e Promoção em Saúde
Desenvolver ações de prevenção e promoção de saúde é tanto ou mais importante quanto identificar e lidar com os casos já estabelecidos de insatisfação corporal. Assim, merece ser destacada a importância dos programas ambulatoriais de hebiatria, tão necessários e ainda pouco difundidos e estabelecidos em nosso meio, que devem estar preparados e oferecer adequado acolhimento aos adolescentes, contar com profissionais capacitados e desenvolver atividades bem definidas de atendimento, priorizando a promoção da saúde e a prevenção de agravos.


        Para a execução adequada desses programas alguns objetivos devem ser priorizados, tais como:


a)
identificar os grupos de maior risco (adolescentes com desenvolvimento precoce, portadores de deformidades, com sobrepeso ou obesidade, ou aqueles que são maiores que os seus pares, por exemplo);

b)
estimular a participação familiar;

c)
esclarecer que cada adolescente é diferente do outro e todos são normais, pois o conceito de normalidade implica grande diversidade;

d)
ensinar sobre a constituição e o funcionamento do corpo e suas mudanças durante a adolescência;

e)
facilitar acesso a conhecimentos básicos sobre saúde e necessidades nutricionais;

f)
orientar sobre os riscos de carências nutricionais e de comportamentos potencialmente causadores de danos à saúde, tais como restrições dietéticas e compulsão alimentar;

g)
cultuar o corpo saudável de modo natural e fisiológico (uma atitude que poderia melhorar a imagem corporal é a mudança social em relação ao sobrepeso e à obesidade, que hoje são vistos como fraqueza de caráter e não como doença);

h)
desenvolver habilidades em lidar com situações adversas, com a ajuda dos pais e do grupo de pares;

i)
discutir sobre o poder de influência da mídia, entre os pares e na família, aprendendo a reconhecer as mensagens subliminares que estimulam o corpo ideal;

j)
encorajar mudanças com mensagens positivas para aumentar a satisfação corporal e o desejo de cuidar do próprio corpo;

k)
promover ações no sentido de mudar o ideal de beleza atual de extrema magreza.

O papel da família







Embora sejam naturais o afastamento da família e a procura por grupos de pares durante essa fase da vida, é fundamental a participação dos pais no processo de desenvolvimento da adolescência.




A família, como instituição social, representa o modelo pelo qual valores, comportamentos e atitudes são transmitidos ao longo do tempo, consolidando a incorporação de elementos que irão moldar a personalidade e o caráter, pois a convivência aliada ao diálogo, críticas, elogios e censuras representam os fatores que influenciam constantemente a autoestima do adolescente.


Essa participação, entretanto, muitas vezes requer a assistência de profissionais que auxiliem os pais, orientando-os a lidar com as diferentes situações que diariamente fazem parte da vida dos adolescentes. Especificamente quanto à imagem corporal, os pais tendem a ser menos positivos e mais críticos a respeito de seus filhos, implicando com a aparência, alimentação e atividade física.